27

Eu sei que a moça fez bem por isso, mas não posso deixar de ficar um bocado afetado pelo facto. Amy morreu e quando ouvi a notícia, apesar de saber que ela iria surgir, foi um bocado angustiante. Por um lado ela tem a minha idade e é sempre triste ser relembrado da nossa fragilidade. Mas mais do que isso, e de uma perspetiva mais egoísta (à qual também tenho direito) não vou poder ouvi-la a cantar mais coisas. O que ela fez está feito e é esta parte que me chateia verdadeiramente. Talvez tivesse álbuns decadentes a partir dos 35 mas, caneco, ainda faltavam 8 anitos.

Aqui um exemplo muito bom do que ela teve tempo para fazer, em que põe, na minha opinião, a Carole King num copo de shot.



Mas acima de tudo esta jovem (que mais para o final já não o parecia tanto) representou uma má adaptação ao meio em que se movia e uma interação com pessoas que não percebia. O refúgio não foi louvável, mas o motivo, oh sim, como eu a percebo. Lambe botas e hipócritas, falsos moralistas e falsos em geral, esses sim, deviam finar-se aos 27. Pelo menos essa parte deles.

Amy, até aos 27 já nos divertimos mais do que muitos se irão divertir alguma vez. Eu vou ver se continuo por mais uns tempos, sim?