Perspectiva interessante, esta do João Canijo. Espero conseguir ver o filme.
Percebo o que ele diz, mas acho que, pelo menos na Europa, não somos só nos que achamos que temos um passado glorioso, e que temos a melhor gastronomia do mundo e que temos um país mais bonito que os outros.
Mas é verdade, achamos isso, porque de certa forma, aquela "fantasia", lá está, do Estado Novo, de certa forma persiste. Precisamos de cidadãos mais informados e mundializados. Precisamos de muitos estudantes a ir em intercâmbio para o estrangeiro, muita gente a conhecer outras realidades, muito mais apoio a inicicativas de cidadania, muito mais difusão de outra cultura que vá para além dos filmes americanos e de todo o lixo que recebemos na TV, nos jornais e até na escola. Mas também muito menos derrotismo e resignação que nada resolvem.
E porque é que precisamos disto? Porque senão vamos continuar a pensar que somos um país glorioso, verdadeiramente civilizado e desenvolvido, que, por obra do azar, por uma questão talvez geracional, está temporariamente numa situação difícil.
Temos de ser orgulhosos do que fazemos bem, mas para nos desenvolver-mos de forma sustentável e duradoura temos também de compreender melhor o mundo em que vivemos (sem aceitar ideias pré-formatadas para consumo), para que realmente nos possamos compreender melhor e saber como evoluir.
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