Acédia.
Todos os dias ele assenta a mesma confissão, a culpa pertence-me, o tempo não. Todos os dias, não dia sim, dia não, não um dia qualquer ou um dia de vez em quando, não. Todos os dias, exactamente todos os dias, como se fosse uma obsessão, ele assenta a tal culpa. Todos os dias. Tantos que, agora, embora continue a assentar, o assento já não é confissão. É memória, confronto diário, reflexo, repetição, confirmação da demora, acusação de si a si. Culpa, apenas culpa. Segismundo.
Wednesday, January 31, 2007
Monday, January 22, 2007
Casa
As coisas mudam e a vida não é sempre a mesma. As pessoa mudam. Os amigos mudam. Os objectivos mudam. A vida muda. E quando pensamos que algo terá que ser enterrado e deixado para trás há uma sensação familiar que timidamente desperta. Um sítio diferente, um olá tímido a um novo mundo e muito mais tempo passado com nós mesmos. Um puzzle abstracto cujas peças tentamos encaixar para que se pareça com aquilo que interiormente é casa. Depois vem todo o resto. O contacto. As conversas. Coisas estupidas ou não. Amizade. De repente estamos em casa de novo. Não aquela que idealizamos mas outra. A que se constriu à nossa volta, que nós construímos, que nós não controlamos e que nos controla. Vivemos nela o dia a dia. Quando olhamos para ela vemos algo pálido em que os pormenores não se destacam e em que o verdadeiro brilho não brilha. E gostamos dela por isso. Vivemos uma vida despreocupada. Sem ter que pensar muito. Sem nos esforçarmos para que a nossa casa seja ainda mais casa para nós. E adiamos tudo. Adiamos conversas, adiamos presentes, adiamos festas, adiamos vontades. Sobretudo adiamos o adeus. Não porque saibamos que está longe. Apenas porque o queremos longe. E quando o último dia vem somos surpreendidos de olhos abertos pelo despertador que nunca nos pareceu tão suave e ameaçador como naquele dia. NÃO HÁ TEMPO. As caras que nunca mais vamos ver e a vida que nunca mais vamos viver. Os hábitos que se perdem. A consciência que se ganha. E de repente, um brilho. O brilho acumulado nos pequenos cantos da casa e do coração que tapámos com a nossa negação do fim. Um brilho que quase nos sufoca e que se reflete nas nossas lágrimas.
Pousamos a mala e olhamos à volta. Tudo é diferente. Dizemos olá e e lembramo-nos de casa. Onde quer que ela tenha sido.
Sunday, January 21, 2007
Custa
Bela noite, flat party, Nagy West Balkan... Vou mesmo sentir falta de Budapeste... damn... tenho que ca voltar... nem que seja so neste proximo Verao... malta bora ao Sziget (Paredes ca do sitio..., mas mtoo melhor e mais barato)... ?
Amo mesmo esta cidade.
Amo mesmo esta cidade.
Friday, January 19, 2007
Ca estamos e ai´ estaremos
Na semana passada tive um exame de System Integration (aquilo de integracao tem muito pouco mas pronto). Eu a pensar q o ia passar e dp podia visitar o q me faltava aqui a volta, tipo Sarajevo e Viena, o cromo do Prof entalou-me. Tipo, eu sabia para passar... cabron. Curiosidade: era o meu ultimo exame do curso e o primeiro oral :P. Agora e tempo de re-estudar esta bosta, enquanto tendo intervalos como este. Ah daqui a bocado vou dizer adeus aos meus amigos que vao viajar ate a turquia, e com quem eu era suposto ir, nao fosse o meu estagio comecar a 1 de Fevereiro. Pois é, dia 27 pego na trouxa e ala para a terra-mae. Passado uns dias comeco o tao desejado estagio, que fiquei mt contente em obter no sitio que é, e a fazer o que é.
Sinto Budapeste a escapar-me pelos dedos. Acho que vou chorar no aeroporto. Hei-de voltar... Muitas vezes.
Sinto Budapeste a escapar-me pelos dedos. Acho que vou chorar no aeroporto. Hei-de voltar... Muitas vezes.
Monday, January 15, 2007
Random Quote
"O Mundo tornou-se mais perigoso, nao por causa dos que fazem mal, mas por causa dos que veem e nada fazem."
Nao sei quem disse e aparentemente o JN tambem nao. Mas encaixa que nem uma luva na sociedade de hoje. Nada temam, e' so' o principio. ( Alguem viu os meus acentos ? Nao os encontro :P )
Nao sei quem disse e aparentemente o JN tambem nao. Mas encaixa que nem uma luva na sociedade de hoje. Nada temam, e' so' o principio. ( Alguem viu os meus acentos ? Nao os encontro :P )
Thursday, January 11, 2007
Oh e btw
Já fui a uma casa de fado no 'Puerto'. In your face junkies! Quero ver um de vocês a ouvir um fadinho numa dessas terriolas por onde voces andam. Ehehe.
Chama-se 'Boteko' ( salvo o erro ) e fica praticamente em frente a Reitoria ('Taindes' a ver o impressionante 'Aria' ? Destroçam para a direita e é lá). Claro que era um dos tipos mais novos que lá estavam mas, mesmo assim, teve o seu quê de engraçado. Só aos sábados das 18h as 21h, aproximadamente. Depois, rumo para outro em que também há fado, 'EuroCafe', penso eu de que.
Basta imaginar uma tasca, no Porto... um ambiente familiar acima de tudo. :)
Chama-se 'Boteko' ( salvo o erro ) e fica praticamente em frente a Reitoria ('Taindes' a ver o impressionante 'Aria' ? Destroçam para a direita e é lá). Claro que era um dos tipos mais novos que lá estavam mas, mesmo assim, teve o seu quê de engraçado. Só aos sábados das 18h as 21h, aproximadamente. Depois, rumo para outro em que também há fado, 'EuroCafe', penso eu de que.
Basta imaginar uma tasca, no Porto... um ambiente familiar acima de tudo. :)
Wednesday, January 10, 2007
Monty Python
Quando me fizerem aquela pergunta filosófica do género "Quem és tu?", a minha resposta vai ser: " Sou um fã dos monty python". why..., not only but also.
Wednesday, January 03, 2007
Pistas e Vinho Verde
O Síndrome de Tourrete é para mim uma das mais estranhas disfunções neurológicas. E admita-se, divertida também. Este Síndrome já foi retratado em Deuce Bigalow Male Gigolo (consiste basicamente em pessoas que estão a falar normalmente começarem, de repente, a pronunciar palavras de forma violenta).
O que eu estranho é serem palavras que são, no mínimo, um bocado para o rude, assim do tipo P*** e C******. Isto é desagradável e era tempo de alguém fazer alguma coisa para o mudar. Mas para já pessoas com síndrome de Tourrete a gritar nomes de frutas ou vocabulário mais educadito parece apenas um sonho. Ou melhor, parecia. Digo eu que, em 10 anos o panorama europeu do desta doença estará mudado. E porquê? Por causa do Duarte, o seu pólo de riscas verdes e a cadela azul que anda sempre com ele. Não me custa nada a crer que daqui a 10 anos o Síndrome Tourette-Blue substitua P*** por PISTA, C****** por BLOCO ou F***-** por CORREIO. Afinal, é isto que as pistas das criancinhas passam a manhã a gritar em frente da televisão.
Obrigado Blue. És uma pista do bloco, mas o nosso País só tem a ganhar contigo.
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